A gestão do prefeito de Apucarana, Júnior da Femac, continua sob fortes críticas, com a 60ª denúncia publicada pelo Portal 38 News. O prefeito tem sido acusado de nomear comissionados com datas retroativas a 10 de julho de 2024, sem seguir os procedimentos legais adequados. Além disso, as nomeações foram assinadas manualmente, sem registro eletrônico, o que levanta suspeitas quanto à legalidade e à transparência do processo. Para agravar ainda mais a situação, a maioria desses comissionados tem sido vistos fazendo campanha pelas ruas da cidade.
Mesmo após 560 dias desde as primeiras denúncias contra sua gestão, Júnior da Femac permanece em silêncio, ignorando acusações que envolvem desde irregularidades em obras públicas de sua empresa e de familiares até questões relacionadas à sua conduta administrativa. Agora, com apenas 98 dias restantes para o término de seu mandato, ele se encontra em uma posição política delicada, à frente de uma das administrações mais criticadas da história de Apucarana.
Nomeações irregulares e crise administrativa
Em meio a uma crise financeira, com o município enfrentando uma dívida superior a R$ 1 bilhão e sem a certidão liberatória do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a polêmica sobre as nomeações comissionadas continua a se intensificar. Recentemente, uma nomeação retroativa a 10 de julho de 2024, referente ao cargo de Assessor Geral de Gabinete, Símbolo CC-03, foi assinada manualmente, fora dos padrões eletrônicos, sendo publicada com mais de dois meses de atraso. Essa prática, além de ser criticada por ferir a legalidade, parece ter como objetivo evitar fiscalização ou controle.
Falta de recursos na saúde pública e insatisfação popular
A crise na saúde pública de Apucarana também continua sendo um ponto crítico. O único hospital da cidade é alvo de constantes reclamações por falta de médicos e medicamentos, enquanto a UPA enfrenta atrasos em exames e cirurgias eletivas. Em meio a esse colapso, a insistência em nomear comissionados, ao invés de investir no sistema de saúde, tem gerado revolta entre os moradores, que exigem uma melhor alocação dos recursos públicos.
Implicações legais e pressão crescente
A administração de Júnior da Femac também está sob pressão legal. O prefeito é acusado de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, que determina a convocação de aprovados em concursos públicos em substituição aos comissionados. Além disso, a constitucionalidade das nomeações está sendo questionada pelo Procurador-Geral de Justiça, o que aumenta o cerco jurídico ao redor de sua gestão.
O silêncio do prefeito
Com 60 denúncias e a cidade enfrentando múltiplas crises, o silêncio do prefeito Júnior da Femac, por 560 dias, torna-se cada vez mais insustentável. Sua postura frente às acusações e à administração caótica de Apucarana, especialmente com apenas 98 dias restantes de mandato, poderá definir não apenas seu futuro político, mas também consolidar sua imagem como líder de uma das gestões mais criticadas que a cidade já presenciou.
Por que o Prefeito Não se Defende? e permanece em silêncio sobre as 60ª denúncias a última do “Gabinete da Corrupção”: Áudio vazado expõe esquema de propina com concessionárias de transporte público e empresas de obras públicas para financiamento de campanha eleitoral
Um áudio bombástico vazado neste final de semana revelou um esquema de propina envolvendo o prefeito de Apucarana, Sebastião Ferreira Martins Junior, conhecido como Júnior da Femac, e empresas concessionárias de serviços públicos municipais, além de contratadas em licitações para obras públicas. Gravada no que já vem sendo chamado de “gabinete da corrupção”, na própria prefeitura de Apucarana, a conversa detalha procedimentos obscuros para arrecadação de fundos com o objetivo de financiar sua campanha eleitoral. No áudio, o prefeito menciona valores expressivos, dizendo: “Cara, isso tem que sair dele. Esse tem que ser R$ 600 mil dele, o que nós falamos, R$ 200 mil do outro?”, evidenciando a divisão dos recursos ilícitos entre diferentes envolvidos. Um dos principais alvos da conversa é a empresa VAL, concessionária de transporte coletivo do município, que, segundo Júnior, estaria enfrentando dificuldades financeiras. “Eles vão precisar mexer no valor de final de ano. Como você vai trazer pra gente? Nós vamos ganhar essa eleição…” disse o prefeito.