O Gaeco (Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Receita Federal realizaram hoje (24) a segunda fase da Operação Falsa Impressão, desencadeando quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária. A ação teve como alvo uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal de Grandes Rios e cumpridos em Apucarana, onde foram realizadas três buscas e uma prisão, e em Medianeira, no Oeste do Paraná, onde ocorreram uma busca e uma prisão.
As investigações, iniciadas em junho deste ano, visam apurar crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O Gaeco recebeu informações da Receita Federal indicando que um contador em Grandes Rios integrava uma organização criminosa especializada em criar empresas de fachada para operarem como “noteiras” (emissão de notas fiscais falsas).
Durante os primeiros dez meses de 2023, foram identificadas pelo menos 182 empresas de fachada criadas pelos investigados, movimentando aproximadamente R$ 250 milhões.
Os mandados de prisão temporária visam os dois suspeitos considerados líderes da associação criminosa, responsáveis por recrutar “laranjas” – geralmente, pessoas em situação de vulnerabilidade social, incluindo em situação de rua – para criar empresas falsas, utilizadas para encobrir o transporte de mercadorias ilícitas através da emissão de notas fiscais “frias”, entre outros propósitos.
O contador, parte do grupo criminoso, recebia valores que variavam de R$ 500 a R$ 700 por empresa criada. A ação de hoje buscou reunir provas relacionadas aos crimes investigados, com a apreensão de dispositivos eletrônicos, computadores, documentos e outros bens, valores e objetos ilícitos ou de possível origem ilícita.