Imagem por: Jonatam Battista/Canal 38

Durante a sessão da Câmara Municipal de Apucarana realizada na noite desta segunda-feira (16), os integrantes da equipe da ROCAM (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) foram homenageados com uma Moção de Aplauso pelo trabalho que vêm desenvolvendo no combate à criminalidade na cidade.

A proposta foi apresentada pela vereadora Eliana Rocha. Em nome do grupo, o Cabo Pacheco usou a palavra para agradecer e compartilhar a trajetória e os desafios da equipe.

Em sua fala, o policial destacou a importância da valorização do trabalho da ROCAM:

“Com certeza, é muito gratificante para nós essa homenagem, vindo da Câmara dos Vereadores. A gente sente que a população reconhece o trabalho da ROCAM — a população, os nossos políticos, a nossa imprensa. Então isso é muito importante pra gente, porque é isso que motiva que a gente saia de casa todos os dias pra fazer o nosso trabalho da melhor forma possível.”

O Cabo Pacheco também resgatou a origem da ROCAM no município:

“A ROCAM, ela iniciou em meados de 2017. Até então, era apenas um pelotão de motos que fazia um policiamento ostensivo na área central, atendimento de algumas ocorrências, e com o tempo, nós fomos implementando na cabeça do atual comandante da época para que a gente pudesse ser transformado em ROCAM, que seria um autopatrulhamento tático, mas voltado realmente para a caça da criminalidade. E conseguimos colocar isso na cabeça do comandante, ele foi atrás dessas instruções. Nós fizemos instrução com a ROCAM de Maringá, que tinha mais tempo de casa. Na época ainda não existia a CIROCAM de Curitiba, tanto que a ROCAM de Apucarana é mais antiga que a própria CIROCAM, que foi criada em maio de 2021. E de lá pra cá, diversos treinamentos, nivelamentos com a própria CIROCAM, e, graças a Deus, desde a nossa criação, sempre mantivemos uma boa produtividade.”

A equipe é composta por cinco policiais, conforme explicou:

“Desde a criação, foram sempre cinco integrantes, que formam uma célula completa de ROCAM —, que a gente consegue rodar com as três motos, com um garupa e com a arma longa. De lá pra cá vieram algumas mudanças, mas sempre com a mesma configuração.”

Pacheco também falou sobre a rotina de trabalho:

“Todo o serviço sai justamente para poder fazer o nosso trabalho e dificilmente a gente passa um serviço nosso sem produzir alguma coisa. Quando a gente cai literalmente ali no traficante, no bandido e não encontra nada, pelo menos uma moto ali de um baderneiro, de um jovem irresponsável que fica saindo com a motocicleta ‘bombinha’, alguma coisa a gente sempre produz, sempre está levando para o pátio ali.”

Sobre os desafios enfrentados no dia a dia e a atual estrutura de efetivo, ele foi direto:

“Na verdade, a criminalidade vem crescendo demais. As nossas leis favorecem bastante a marginalidade. Tem muitos criminosos que a gente prende uma, duas, três vezes na semana, então isso dificulta muito o nosso trabalho. A gente espera que essas leis se tornem mais rígidas para esses criminosos. Isso com certeza facilitará bastante o nosso trabalho no dia a dia.”

Ao citar os companheiros de equipe, o Cabo fez questão de valorizar a qualificação constante:

“Hoje eu sou o mais antigo, Cabo Pacheco. Temos o Cabo Godas, o Soldado Neto, o Soldado Kiste e o Soldado Thales. O Soldado Tales foi o último que entrou na equipe, faz um pouco mais de um ano que ele está, mas já se especializou também. Já foi atrás do curso de motociclista policial em Curitiba, vem trazendo também conhecimento pra nós. O penúltimo que entrou foi o Soldado Kist, também já foi lá fazer o curso de ROCAM em Curitiba. Foram mais de 90 dias bem puxados. Perdeu alguns quilos. Já voltou também com bastante conhecimento para nós. Então isso é importante também — esse conhecimento que a gente vem buscando para fora.”

Ao encerrar sua fala, o policial ressaltou que o reconhecimento é fruto de um trabalho feito com compromisso e ética:

“Com certeza, é como eu disse ali no meu momento de falar: tem policial militar e tem o funcionário público. Se a gente quisesse simplesmente pegar a nossa viatura ali, parar em um posto de gasolina e enrolar o tempo todo, o nosso salário estaria no final do mês na nossa conta da mesma forma. Mas nós temos o senso do dever. A gente sabe: nós somos policiais e decidimos ir para a guerra todos os dias. E assim fazemos, buscando realmente o melhor para a nossa cidade.”

Por fim, ele agradeceu a todos os que colaboram para a visibilidade do trabalho:

“Agradeço também à imprensa que divulga o nosso trabalho. Vocês estão também responsáveis por toda essa homenagem que nós estamos recebendo hoje.”

 

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