Todos os domingos, a Praça da Prefeitura de Arapongas se transforma em um vibrante palco de cores, sabores e encontros. É dia de feira livre — e por lá, a liberdade de empreender é o ingrediente principal.
Em contraste com o que enfrentam os pequenos produtores de Apucarana, os feirantes de Arapongas têm autonomia para comercializar o que produzem, sem amarras burocráticas ou limitações exageradas.
Na feira, é possível encontrar de tudo: confecções, artesanatos, antiguidades, comidas caseiras e produtos fresquinhos do sítio — de ovos e queijos a galinhas vivas. Cada barraca carrega uma história, uma identidade. Há espaços que remetem à nostalgia, outros que exalam alegria, acolhimento e até espiritualidade. Muitos visitantes relatam que ali encontram paz, renovam a fé e fortalecem a alma em meio à simplicidade das trocas e da boa conversa.
Esse ambiente de liberdade também impulsiona a economia local. A feira gera renda direta para dezenas de famílias, fortalece o espírito empreendedor e valoriza quem trabalha com dignidade. O ambiente familiar e acolhedor transforma o evento semanal em uma tradição que aquece os corações e movimenta a cidade.
A iniciativa vai além da comercialização. A feira de Arapongas também cultiva cultura e conhecimento. Um exemplo é o historiador e colecionador numismático Gean Carlos, morador da cidade, que encanta quem passa por sua barraca ao compartilhar curiosidades e fatos históricos com paixão e carisma.
Enquanto isso, em Apucarana, muitos feirantes enfrentam entraves e obstáculos para levar seus produtos à população. As exigências rígidas e a falta de incentivo afastam quem gostaria de empreender, engessando o potencial de geração de renda e de fortalecimento cultural da cidade vizinha.
Arapongas, que já ostenta o título de cidade mais segura do Paraná, mostra agora que também é referência em liberdade econômica, fé, acolhimento e valorização do pequeno produtor. A feira dominical não é apenas comércio — é um encontro com a essência da cidade: humana, cultural e cheia de vida.