Imagem por: Lucas Leal/Canal 38

Na tarde desta sexta-feira (23), equipes da Polícia Civil e da Polícia Científica realizaram a reconstituição de um homicídio ocorrido no bairro Dom Romeu, em Apucarana. A ação integra as investigações sobre a morte de um homem, esfaqueado pela companheira no mês de janeiro deste ano.

O Delegado Adjunto da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, Dr. André Garcia, explicou a importância do trabalho técnico-científico realizado no local e detalhou o andamento do inquérito. Segundo ele:

“Esse fato ocorreu em janeiro deste ano, vocês devem se lembrar. Uma mulher atingiu com golpes de faca o companheiro. Ele não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu aqui no local mesmo. Naquela ocasião, ela foi conduzida à Delegacia de Polícia, ouvida e foi liberada. Não foi autuada em flagrante; a autoridade policial de plantão entendeu que não havia razões para autuá-la em flagrante naquele momento.

No entanto, o inquérito foi instaurado para que as investigações pudessem prosseguir. É isso que nós estamos fazendo. Nós já colhemos e juntamos no inquérito policial o laudo de necropsia, o laudo de local de morte, o exame toxicológico do rapaz que morreu — que, inclusive, apontou a ausência absoluta de álcool ou cocaína no sangue — e interrogamos a investigada na ocasião. Ela disse que foi agredida e que agiu em legítima defesa.

Nós não refutamos a versão apresentada por ela, de forma alguma. Mas existem perguntas sem respostas no inquérito policial. E o escopo da nossa investigação é justamente promover o reconhecimento dos fatos. Esse exame, esse trabalho de reprodução simulada dos fatos, tem justamente o objetivo de responder a essas perguntas sem resposta.

Porque o crime, o fato, ocorreu… não havia testemunhas. Só o rapaz, que morreu, e essa moça, que é investigada agora, estavam na casa. Não há registros de câmeras de segurança, não há registros, enfim, tudo que nós temos é a versão por ela apresentada.

Esse exame não tem o objetivo de incriminá-la ou de inocentá-la, porque a Polícia Civil, dentro do inquérito policial, o que busca é a verdade. E nós estamos aqui justamente para isso: para chegar o mais próximo possível da verdade do que aconteceu naquele dia.

Como eu disse: qual é a natureza do inquérito policial? É sempre uma retrospectiva do que aconteceu. E como nós fazemos essa retrospectiva? Ouvimos as testemunhas, promovemos as análises periciais necessárias, e esse trabalho de hoje é uma análise pericial.

A partir daquilo que ela falou no interrogatório, confrontado com os elementos informativos constantes no laudo de necropsia, no laudo de local de morte, nós fazemos esse trabalho de reprodução simulada dos fatos para chegarmos à conclusão de que esses elementos informativos são congruentes — ou seja, há uma concordância entre eles — ou se são incongruentes, se existe algo que destoa da versão por ela apresentada e dos demais elementos informativos.

É um trabalho técnico-científico, absolutamente objetivo, sem subjetividade alguma. E que, ao final, pode corroborar a versão que ela apresentou ou refutar a versão por ela apresentada.

A arma do crime foi apreendida. Uma faca. Uma faca dessas utilizadas geralmente em açougue, do cabo branco, sem serra. Foi apreendida”, concluiu o delegado.

A reconstituição visa esclarecer as circunstâncias do crime e fornecer subsídios técnicos para que o inquérito policial seja finalizado com a maior precisão possível, reforçando o compromisso das autoridades com a busca pela verdade dos fatos.

CRIME

Mulher esfaqueia ex-companheiro em Apucarana; homem morre no local

 

 

 

 

 

 

 

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