Uma grande operação contra o tráfico de drogas foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (3) nos municípios de Arapongas e Rolândia, no Norte do Paraná. A ação, coordenada pela 22ª Subdivisão da Polícia Civil de Arapongas, contou com o apoio das delegacias de Apucarana, Rolândia, Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC) de Londrina e Maringá, além do Núcleo de Operações com Cães (NOC). No total, oito pessoas foram presas — sete por mandado de prisão preventiva e uma em flagrante.
O delegado Bruno Sentoni, responsável pela investigação, explicou que a operação foi resultado de um trabalho minucioso iniciado ainda no ano passado. “Essa investigação teve o início no ano passado, a partir da apreensão de um fuzil na cidade de Sabáudia. Desenvolvemos uma primeira fase com o cumprimento de buscas e a prisão de um indivíduo com uma pistola com seletor de rajada, além de drogas. A partir daí, avançamos até que, na data de hoje, após um intenso trabalho do setor de inteligência, conseguimos identificar esses indivíduos envolvidos com o tráfico de drogas, com lavagem de capitais, e que estavam atuando nesse comércio ilegal na cidade de Arapongas e também em Rolândia.”
Durante o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, foram localizadas porções de drogas, balanças de precisão, embalagens para o comércio dos entorpecentes, armas de fogo, munições, dinheiro em espécie e veículos. Além disso, contas bancárias dos investigados foram bloqueadas judicialmente. “A ordem judicial também é de sequestro de um outro veículo que está sendo levantado como angariado a partir de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e também de um imóvel. São objetos de sequestro”, completou o delegado.
Questionado sobre o poder da organização, Sentoni foi enfático: “O potencial é bastante elevado. É uma organização criminosa que tinha nesses indivíduos algumas de suas peças principais, e outros que estavam trabalhando para ela. A operação de hoje, eu diria, foi o pontapé inicial, mas elas vão continuar com tudo que foi apreendido, inclusive com análise dos aparelhos celulares.”
Embora ainda não haja confirmação sobre a atuação do grupo em outras cidades, a Polícia Civil investiga possíveis ramificações. “A gente não tem essa informação ainda. O que a gente sabe é que vêm investindo em outras cidades também. Isso é objeto da investigação, por conta da lavagem de capitais proveniente do tráfico de drogas.”
Por fim, o delegado reforçou a importância da colaboração da sociedade no enfrentamento ao crime organizado. “A gente conta com a colaboração da população, que pode fazer denúncias com relação ao tráfico de drogas diretamente aqui na equipe de investigação da 22ª Subdivisão ou pelo Disque Denúncia 181, de forma anônima.”
Todos os presos possuem antecedentes por tráfico de drogas. “É um trabalho de inteligência que a gente se reserva aqui para não prejudicar as investigações, mas que eles foram identificados e a prova é robusta. Tanto é que a maioria das prisões são preventivas”, concluiu o delegado Bruno Sentoni.
