Acréscimo será de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos; uso de termelétricas eleva custo de geração.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária das contas de luz será vermelha, patamar 1, no mês de junho. Com isso, os consumidores pagarão um valor extra de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Segundo a Aneel, a decisão foi motivada pela queda na geração de energia hidrelétrica, devido às afluências abaixo da média registradas em todo o país, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Para suprir a demanda, o governo deverá acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado.
Em maio, a bandeira aplicada foi a amarela, já indicando uma piora nas condições de geração com o fim do período chuvoso. A tarifa estava acrescida em R$ 1,885 por 100 kWh.
A última vez que a bandeira vermelha havia sido aplicada foi em dezembro de 2024, quando foi suspensa por conta da boa situação dos reservatórios e retomada da geração hidrelétrica.
Como funcionam as bandeiras tarifárias?
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo da produção de energia no país. Na bandeira verde, não há cobrança adicional. Na amarela, há um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh. Já a vermelha possui dois níveis:
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Patamar 1: R$ 4,463 por 100 kWh
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Patamar 2: R$ 7,877 por 100 kWh
A Aneel recomenda o uso consciente de energia durante períodos de bandeira amarela ou vermelha, como forma de reduzir o impacto na conta de luz.