Imagem por: Lucas Leal/Canal 38

Mais uma ocorrência envolvendo o uso de cigarro eletrônico por estudantes foi registrada nesta quinta-feira (26) em Apucarana. A Patrulha Escolar da Polícia Militar voltou a encaminhar adolescentes à delegacia após flagra de uso do dispositivo em uma escola da rede estadual de ensino.

De acordo com o sargento Matichen, da Polícia Militar, os casos se repetem com frequência preocupante. “Mais uma vez a Patrulha Escolar está aqui na delegacia, com cigarro eletrônico, mais uma apreensão. Segunda-feira teve uma também. E quase todo dia a gente está encaminhando adolescentes, jovens, para a delegacia aqui devido ao porte, ao uso dessa substância.”

Segundo o policial, no caso desta quinta-feira, duas alunas foram flagradas no banheiro da escola, uma repassando o cigarro eletrônico para a outra. O fato configura crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de caracterizar receptação, conforme diretrizes definidas recentemente.

“Foi uma decisão da Resolução 080/2025, onde se reuniram vários delegados, promotores, representantes da Polícia Militar e da Secretaria de Educação, e definiram o cigarro eletrônico como crime de receptação. Por quê? Porque é um produto ilegal, proibido no Brasil, que veio através do contrabando. Então, por isso foi definido como receptação”, explicou o sargento.

Mesmo com as frequentes ações de orientação dentro das escolas, a PM ainda tem encontrado resistência. “A gente está atuando firme, com orientações nas salas de aula, todo dia. Mas mesmo assim ainda tem os desavisados que acabam levando esses objetos para a escola. E a gente tem que tomar as providências. A escola também está monitorando.”

O sargento fez ainda um apelo aos pais e responsáveis: “Pedimos que fiquem em cima, orientem seus filhos. Afinal de contas, é prejudicial à saúde. Tem várias consequências que só com o tempo a gente vai ver os males. Acaba congestionando o sistema de saúde. Precisamos bater firme em cima disso.”

Outro ponto destacado é o alto custo dos dispositivos: “No mínimo R$ 120 em um aparelhinho desse. Acabam onerando as famílias também”, concluiu Matichen.

A Polícia Militar segue com ações contínuas de prevenção nas escolas, em parceria com as instituições de ensino e demais órgãos responsáveis, reforçando que o uso e o porte do cigarro eletrônico por menores de idade não será tolerado.

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