Município fica atrás de cidades vizinhas como Arapongas, Cambé, Rolândia, Jandaia do Sul, Novo Itacolomi e Cambira. Em meio à crise na saúde e na educação, prefeito debocha de reportagens sobre inchaço da máquina pública.
Apucarana aparece apenas na 92ª posição entre os 399 municípios do Paraná no Índice de Progresso Social (IPS) 2025, com 63,15 pontos. No ranking nacional, a cidade ocupa a 998ª colocação entre os 5.570 municípios brasileiros. O dado contraria declarações do prefeito Rodolfo Mota, que, ao ser confrontado com reportagens críticas, reagiu com deboche e risos, dizendo: “veja os números”.
De fato, os números mostram que Apucarana ficou atrás de diversas cidades da região. Arapongas, por exemplo, atingiu 63,94 pontos, ficando na 64ª colocação estadual e 701ª nacional. Já Cambé aparece com 63,46 pontos (80ª no Paraná e 896ª no Brasil), enquanto Rolândia obteve 63,74 pontos (70ª no Estado e 809ª no país).
Cidades menores e vizinhas, como Novo Itacolomi, Jandaia do Sul e Cambira, também superaram Apucarana em desempenho social, reforçando o distanciamento da cidade em relação aos avanços registrados em outras localidades próximas.
O IPS é composto por 57 indicadores sociais, econômicos e ambientais, divididos em três pilares: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. As notas variam de 0 a 100. Em 2025, 52% dos municípios do Paraná atingiram níveis “alto” ou “muito alto” de progresso social.
Enquanto isso, a cidade de Curitiba se destacou como a melhor classificada entre as capitais brasileiras, ocupando o 12º lugar no ranking nacional, com nota de 69,88. Maringá ficou em segundo lugar no Paraná, em 26º no Brasil, com 68,83 pontos. Entre as 100 melhores cidades do país, o Paraná emplacou ainda Cornélio Procópio (27ª), Quatro Barras (70ª), Toledo (77ª) e São Manoel do Paraná (99ª).
Mesmo com a média paranaense (60,83) superando a nacional (58,70), Apucarana aparece abaixo da média do Estado, o que levanta questionamentos sobre a eficácia das políticas públicas locais, especialmente diante das crescentes críticas à gestão municipal em diversas áreas de saúde e educação.
A reação do prefeito Rodolfo Mota ao ser questionado sobre as nomeações de 142 cargos comissionados em meio à crise, rindo e minimizando os dados, foi vista por opositores e parte da população como desrespeitosa diante da realidade enfrentada por professores, profissionais da saúde e moradores que cobram melhorias estruturais e investimentos sociais efetivos.
O Índice de Progresso Social tem sido adotado como uma ferramenta confiável para a análise do bem-estar populacional, substituindo métricas puramente econômicas por indicadores que avaliam a qualidade de vida. O desempenho de Apucarana nesse cenário acende um alerta sobre a necessidade de rever prioridades e ampliar os investimentos em políticas públicas voltadas à população. É hora de começar a cumprir as promessas de campanha e parar de ignorar aqueles que foram responsáveis por eleger Rodolfo Mota. A decepção é evidente: antigos aliados se tornaram adversários, enquanto antigos adversários passaram a ser tratados como aliados.
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