Na tarde desta quarta-feira (18), às 15h52 uma advogada procurou a Polícia Militar para registrar uma ocorrência de suposta negligência no atendimento médico no Hospital em Arapongas.

Segundo o boletim, a advogada regularmente inscrita na OAB/PR, relatou que o avô de seu marido está em tratamento oncológico e passou por uma microcirurgia de traqueostomia no dia 13 de junho. Ele havia recebido alta hospitalar no dia 17, mas apresentou uma piora em seu quadro clínico e retornou ao hospital na manhã desta quarta-feira, por volta das 10h.

Segundo a denunciante, até o momento do registro da ocorrência – mais de cinco horas após a chegada ao hospital – o paciente ainda não havia sido atendido. Ao buscar informações junto à recepção da unidade e solicitar o prontuário médico do idoso para adotar medidas legais, a advogada teve o acesso negado pela atendente do hospital.

Diante da recusa e do agravamento do estado de saúde do paciente, a advogada decidiu lavrar um Boletim de Ocorrência Unificado, alegando a violação de direitos constitucionais do cidadão e possível negligência médica.

Durante o atendimento da ocorrência, os policiais relataram que a funcionária responsável pela recepção, inicialmente se recusou a fornecer seus dados pessoais aos agentes. Apenas após a intervenção da supervisora do hospital, a atendente aceitou colaborar com os policiais militares.

A família agora avalia as providências legais a serem adotadas e a possibilidade de representação formal junto ao Ministério Público e órgãos de fiscalização da saúde.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Hospital Honpar Nega Negligência e Esclarece Atendimento a Idoso em Arapongas

O Hospital Honpar, localizado em Arapongas (PR), divulgou uma nota oficial de esclarecimento nesta semana, após a publicação de uma matéria pelo Portal 38 News — também replicada no Facebook — no último dia 18 de junho, intitulada “Família Denuncia Negligência no Hospital”. A reportagem relatava uma suposta recusa de atendimento a um idoso em estado grave e a negativa de acesso ao prontuário médico, conforme boletim de ocorrência registrado por uma advogada, familiar do paciente.

Segundo o Honpar, as informações são inverídicas e não correspondem aos fatos ocorridos no atendimento prestado ao paciente, que teria dado entrada na unidade às 9h24 do dia 18/06, relatando desconforto após uma traqueostomia recente. A instituição afirma que o paciente foi prontamente avaliado pela equipe médica plantonista, recebeu os cuidados iniciais e permaneceu em observação até a chegada do cirurgião responsável, que o avaliou e indicou internação para acompanhamento.

Ainda conforme a nota, a recusa de entrega do prontuário médico à nora do paciente — que se apresentou como advogada — atendeu às exigências legais previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e ao Código de Ética Médica. Sem a apresentação de procuração ou autorização formal, o hospital esclarece que estava impedido de fornecer qualquer informação sigilosa do paciente, conforme determina a legislação vigente.

A instituição reafirmou que não houve negligência no atendimento e que todas as condutas seguiram os protocolos médicos e legais. O Honpar também se colocou à disposição do paciente ou de seu representante legal para fornecer o prontuário, caso haja solicitação formal.

A direção do hospital enfatizou seu compromisso com a transparência, a ética e o respeito às normas de proteção de dados e atendimento hospitalar.

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