O vereador e coordenador de Endemias de Arapongas, Valdecir Pardini, anunciou uma nova ação que começará a partir do próximo sábado, dia 31, no município: a abertura do aterro sanitário para o descarte de entulhos, de forma gratuita e organizada.

Segundo Pardini, a iniciativa foi definida em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente, como forma de combater os descartes irregulares que têm ocorrido na cidade. “Nós — eu, como coordenador do Controle de Endemias, e todos nós, da Secretaria do Meio Ambiente — somos muito preocupados com essa questão dos descartes irregulares. Temos encontrado diversos descartes em fundos de vale, terrenos baldios, estradas rurais, principalmente agora, depois que a gente começou a coibir, pegar e multar essas pessoas que estão descartando lixo incorretamente na cidade. O pessoal começou a descartar nas áreas rurais”, explicou.

O vereador ressaltou que a fiscalização continua intensa e que os responsáveis por descartes ilegais serão penalizados, além de obrigados a retirar os materiais indevidamente jogados. Diante desse cenário, foi definida a abertura do aterro sanitário das 8h às 12h, em sistema quinzenal: “um sábado sim, um sábado não”. A primeira data será neste sábado, dia 31.

“Pra você que tem um guarda-roupa, uma pia velha, uma estante, um sofá velho e não tem o que fazer com ele, você pode ir até o aterro sanitário, ali na Rua Roxinol, na Zona Sul. O aterro vai estar aberto, você terá livre acesso para descartar esses materiais. Vai ter alguém lá para te orientar onde você deve colocar, então você pode fazer isso, pode levar esses materiais para lá”, orientou Pardini.

De acordo com ele, a iniciativa visa, sobretudo, combater o mosquito da dengue e deixar o município mais limpo e bonito. Pardini enfatizou que “as ruas estão muito feias com esses descartes irregulares” e lembrou que “a prefeitura não tem perna para estar recolhendo todos esses descartes, por isso a gente está dando essa opção para você fazer isso”.

O coordenador também destacou que há restrições sobre o que pode ou não ser levado ao aterro. “Não pode ser qualquer material. Por exemplo: material de construção não pode ser levado lá. Esse material vai para pedreiro, então você que tem, tem que pegar uma caçamba para o pessoal descartar lá, porque tem um custo para ser descartado esse material”, explicou.

Com relação a outros materiais, como o isopor, Pardini orientou que devem ser levados à empresa Thermoplast, na Rua Guaratinga, que recebe esse tipo de resíduo. Para pneus, a destinação correta é a Recibras, localizada na saída para Sabáudia. “Qualquer um pode levar, seja você que mexe com pneus, borracheiro, ou qualquer pessoa que tem um pneu no fundo do quintal e queira descartar. Pode levar lá também, na Recibras, e você vai jogar o pneu direto na máquina, sem problema algum”, explicou.

Pardini também reforçou que o trabalho é resultado de uma ação integrada entre diversas secretarias da administração municipal e que conta com o apoio da população. “Eu costumo sempre dizer que o Controle de Endemias não trabalha sozinho, né? O Controle de Endemias precisa de todas as secretarias. A dengue, todos nós temos que estar envolvidos para combater”, afirmou.

Segundo ele, a Secretaria de Segurança auxilia no policiamento, especialmente para acessar imóveis onde há resistência ou estão fechados. Já a Secretaria do Meio Ambiente atua na limpeza de terrenos baldios, fundos de vale e áreas públicas onde há costume de descarte irregular.

Além disso, Pardini destacou o trabalho desenvolvido junto à Secretaria de Educação, com o projeto “Recicla Sim, Dengue Não”, que promove a educação ambiental nas escolas do município. “Nós vamos para as escolas, damos palestras, ensinamos as crianças a reciclar o seu lixo e, na sexta-feira, elas levam para a escola, e nós estamos lá para recolher. Ensinamos as crianças a reciclarem”, contou.

A iniciativa também promove uma competição saudável entre as escolas, com premiação para as três que mais reciclarem. “Para você ter uma ideia, teve escola que reciclou 940 quilos de lixo! Nós temos 940, 630, 180… várias escolas estão reciclando. E essa competitividade vai ser legal, porque no final vai ter uma premiação do primeiro até o terceiro lugar”, completou Pardini.

A nova ação do aterro sanitário é mais uma das medidas que integram as políticas públicas de Arapongas voltadas para o meio ambiente e o controle de endemias, demonstrando o esforço conjunto entre o poder público e a população no enfrentamento ao descarte irregular de resíduos.