Uma denúncia grave e revoltante chegou à redação do Canal 38 nesta semana. Uma funcionária de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Apucarana, que prefere não ser identificada por medo de represálias, relatou uma situação de completo abandono quanto às condições de higiene no local.
Segundo ela, itens essenciais para a limpeza de ambientes frequentados diariamente por dezenas de crianças estão em falta há dias — e o mais absurdo: há informações de que os produtos estão no estoque, mas há uma ordem clara para não distribuí-los.
“Está faltando água sanitária em um local cheio de vírus e bactérias. O chão está sendo limpo apenas com limpa piso, que serve só para dar cheiro, não desinfeta nada. Também não tem mais desinfetante para os banheiros, que já são ruins, e nem saco de lixo adequado. Os de 50 litros acabaram; estamos usando os de 100, o que gera muito desperdício”, desabafa a servidora.
Ainda de acordo com a denúncia, os funcionários têm conhecimento da existência desses materiais nos estoques, mas são impedidos de utilizá-los. A comunicação entre os setores foi silenciada e, segundo a funcionária, a ordem é não compartilhar informações sobre os itens armazenados.
“Isso é um absurdo. E nós, professores e funcionários, ficamos como? Em meio a vírus e bactérias, temos que comprar com o nosso próprio dinheiro para não ficarmos mais expostos ainda”, relatou, indignada.
A situação é extremamente preocupante, especialmente por se tratar de um ambiente escolar frequentado por crianças pequenas, que exigem cuidados redobrados com higiene. A falta de produtos básicos como água sanitária e desinfetante, em um período de alerta para doenças respiratórias e viroses, coloca em risco a saúde de todos — alunos, professores, auxiliares e pais.
O Canal 38 cobra uma resposta imediata da Secretaria Municipal de Educação e da administração responsável pelos CMEIs. A população de Apucarana merece respeito e condições mínimas de dignidade nas instituições públicas. Deixar faltar materiais de higiene em um centro educacional — e ainda impedir a distribuição dos produtos estocados — não é apenas má gestão: é negligência com a saúde pública.