Apucarana enfrenta uma grave crise no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Servidores denunciam a precariedade das condições de trabalho, marcada pela falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e ausência de investimentos básicos. Sob a gestão do prefeito Junior da Femac, os profissionais estão sem uniformes, botas e outros itens essenciais há quase cinco anos, comprometendo sua segurança e a qualidade do atendimento à população.
“Estamos assumindo nossos plantões, mas não podemos arriscar nossas vidas e a segurança dos pacientes”, afirmam os servidores. Uniformes prometidos há mais de 18 meses continuam sem previsão de entrega até o final do atual mandato. A situação é agravada por problemas estruturais na base, como portões e portas quebradas, muros baixos.
Pintura Superficial e Descaso
Enquanto os problemas internos persistem, a gestão optou por uma pintura superficial da base, aparentemente mais focada na estética do que na funcionalidade, sem preparo adequado das paredes. É tudo improvisado”, revelam os profissionais.
O prefeito Junior da Femac nunca visitou a base do SAMU, e o prefeito eleito, Rodolfo Mota, também não respondeu aos pedidos para conhecer a situação, deve ser o alinhamento dele com o atual prefeito “Ele virou as costas para nós e para a população mais vulnerável da cidade. É uma vergonha!”, desabafam os servidores.
Coordenação do SAMU Sob Críticas
A coordenação do SAMU também é alvo de duras críticas. Servidores apontam omissão e falta de iniciativa para propor soluções. “É um total desprezo pela equipe e pelos cidadãos que dependem do SAMU. Soube-se que o prefeito foi convidado para vir à sede para tomar um café, mas precisamos que o problema seja resolvido. Daqui a pouco, ele fará a mesma coisa que aconteceu com a educação, quando reclamaram: prorroga por 90 dias os mandatos das diretoras. Precisa mudar tudo”, exigem.
Pedido de Socorro à Nova Gestão
Com o fim do mandato de Junior da Femac se aproximando, os profissionais apelam aos recém-eleitos Rodolfo Mota e Marcos para que visitem a base e tomem ciência da gravidade da situação. “O SAMU está prestes a entrar em colapso. Queremos ser ouvidos e que algo seja feito”, clamam.
Condições Internas Alarmantes
Além da falta de EPIs, o cenário na base inclui ambulâncias avariadas, pneus carecas, camas quebradas nos alojamentos e marmitas de baixa qualidade. “É desumano. Não temos condições de trabalhar, e a situação piora a cada dia”, alertam os servidores.
A crise no SAMU de Apucarana escancara a negligência da administração pública, colocando em risco não apenas os profissionais, mas também a saúde e segurança da população. Um serviço essencial clama por atenção, mas segue ignorado, refletindo um preocupante cenário de descaso e abandono.